Partido insiste e confirma ex-governador para disputar prefeitura da Capital, mas ele nega

Momentos antes de André Puccinelli (MDB) pegar o microfone para discursar na convenção estadual do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ocorreu ontem (15) de manhã, em Campo Grande, vídeo em que apareciam várias pessoas salientando os trabalhos que o ex-prefeito e ex-governador fez durante o tempo que administrou a Capital e Mato Grosso do Sul foi veiculado para os presentes assistirem. No clipe, a palavra de ordem era “volta André”.

Ao iniciar sua fala, Puccinelli foi interrompido pelo coro novamente (“volta André”). Porém, o ex-governador não falou sobre o assunto e desconversou, como se quisesse dar a entender que o pedido é do “povo”, e não uma vontade dele. “Somos poucos, mas somos valorosos. Nesse momento, eu quero ter mais tempo e andar pelos 79 municípios”, afirmou Puccinelli.

A convenção estadual do MDB reuniu mais de 300 integrantes da sigla. Em consenso, as principais lideranças alegaram que o nome para disputar as eleições para a Prefeitura de Campo Grande em 2020 é do ex-governador André Puccinelli. 
Apesar de o ex-líder do partido negar, o próprio substituto de André – o atual presidente do MDB estadual, ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi – declarou que ele continua sendo o nome mais forte da agremiação.

QUASE CERTO

Mesmo com as declarações de André de que não será candidato, o ex-governador foi indagado pela reportagem do Correio do Estado se o partido faria parceria com o PSD, do prefeito Marcos Trad, na reeleição do líder do Executivo municipal. André respondeu categoricamente. “Não! Seremos candidatos também”, reforçando que enfrentarão Marcos Trad em 2020.

Sobre a possibilidade de Mochi ser lançado como candidato nas próximas eleições municipais, o próprio ex-deputado disse que não pretende “assumir esse desafio”. “Na eleição anterior [para governador do Estado], eu atendi ao pedido do André, para não deixar o MDB morrer. Atendi agora ao pedido de novo, para assumir o partido, mas prefeito eu não quero”, reforçou Mochi.

O ex-deputado e agora presidente da sigla ressaltou que tomou a decisão anterior – de se candidatar ao governo – porque analisou a história que os ex-líderes do partido (Ramez Tebet, Wilson Barbosa Martins e Puccinelli) deixaram. “O que era o mandato de um deputado diante de todo esse legado?”, declarou.

Mochi revelou que, na época em que se candidatou ao governo do Estado pelo MDB (2018), recebeu muitas mensagens e “conselhos” para sair do partido. “Me falavam que eu estava no caminho errado, que eu deveria me afastar do André. Mas eu não fiz isso. A prisão do André tem muita coisa que só o tempo vai explicar”, declarou ao lembrar que começou sua carreira política em Fátima do Sul, quando tinha 17 anos, momento em que assumiu a juventude do partido a convite do ex-governador.

Um dos integrantes que estavam presentes no evento, o ex-ministro Carlos Marun, também disse que André será candidato, sim, e que a estratégia de colocar Mochi como presidente da sigla é para que “ele [Puccinelli] possa fazer campanha, fortalecer o partido e visitar as bases em todos os municípios do Estado. Queira ou não queira, André está disponível para as próximas eleições e será nosso candidato”, garantiu Marun.

Outra integrante do MDB, a senadora Simone Tebet, durante seu discurso, declarou que “André continua sendo nosso líder maior. Ele vai continuar nos direcionando”, reforçou ela.

O ex-senador Waldemir Moka também reforçou que Puccinelli continua sendo a alternativa do MDB para 2020. “Essa convenção é para fortalecermos o partido e, a partir do ano que vem, vamos investir na prefeitura”, declarou.

O ex-governador citou o deputado estadual Renato Câmara (MDB) como postulante ao cargo de prefeito de Dourados pelo partido, declarou que Simone atingirá “belos postos” ainda e que Mochi “será uma bela surpresa”, referindo-se ao presidente do partido como futuro candidato a prefeito de Campo Grande pela agremiação. “Voltaremos em 2022 como fênix, renascendo das cinzas”, declarou André, alegando que a sigla terá candidato ao governo do Estado. “2020 será nossa vez; 2022 também será”, reforçou.

Todos os integrantes da sigla que discursaram reconheceram que o partido passa por um tempo difícil, em que apenas oito municípios do Estado têm prefeitos do MDB: Nova Alvorada, Maracaju, Tacuru, Costa Rica, Brasilândia, Laguna Carapã, Bataiporã e Coronel Sapucaia, além de 15 vice-prefeitos e 150 vereadores em Mato Grosso do Sul.

Correio do Estado

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